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terça-feira, 8 de novembro de 2022

A violência suicida


 

A extrema direita e a violência política têm muitas histórias no mundo. O comportamento violento dos seres humanos a partir de ídolos e até religiões sofisticadas foi uma das bases de violências sociais desde que os seres humanos surgiram sobre a Terra.

A luta pela sobrevivência ornava-se de lendas e convicções essenciais a suas atitudes.

Isso existe até hoje.

É fácil perceber que nações inteiras aproveitam superstições e convicções racistas, patrióticas, religiosas e até esportivas para se matarem e cometerem atrocidades internacionais.

A guerra da Ucrânia é um exemplo ao vivo e a cores graças aos interesses midiáticos em torno deste conflito.

Outros passam despercebidos pois se tratam de povos esquecidos desde sempre.

No Brasil a violência vem de longe. Os Guaranis, por exemplo, saíram de suas terras de origem e, bons navegantes e guerreiros, dominaram o Rio Amazonas e a costa do Brasil. Entre as nações pré-colombianas a antropofagia chegava a ser um ritual nobre...

No século vinte de nossa era em todos os continentes a lógica darwinista, o direito dos mais fortes, a eugenia, espaços vitais e líderes convincentes mergulharam a Humanidade em guerras, holocaustos, migrações, miséria, destruição, ódios que até hoje semeiam o Brasil, por exemplo.

Aqui o Positivismo amparou tenentes, políticos oportunistas etc. assim como a lógica da escravidão e ideologias importadas com imigrantes europeus, miseráveis em suas terras de origem e potenciais grandes empresários no Brasil.

Tivemos até genocídios amparados por governantes e ideólogos que se entendiam donos cristãos das terras do novo mundo.

Revoluções, tenentadas, golpes de estado, guerras, conflitos diversos mantiveram no povo ocupado e armados dos instrumentos de matar e morrer.

A democracia foi o que de mais nobre surgiu para organizar a sociedade e se bem conduzida evitar guerras.

Sua fragilidade diante de demagogos oportunistas ou militares treinados para matar deram chances de questionamentos perigosos.

Ironicamente a tecnologia viabilizou armas de destruição em massa assim como outros padrões para eliminar povos hostis. Assim o medo de uma terceira guerra mundial, pandemias, fome, perda de facilidades (inclusive o turismo), retrocessos cavernosos poderá ser a chave que os pacifistas tanto procuram para convencer os povos a viverem em harmonia.

Dentro dos limites de qualquer nação, contudo, ainda existem muitos cenários de ódio e destruição.

Estamos passando por um período amargo de nossa história brasileira.

Será que a democracia, a liberdade, a tolerância, a fraternidade e o amor ao próximo vencerão?

 

João Carlos Cascaes

Curitiba

8.11.2022

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